ATA DA NONA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 23-6-2010.

 


Aos vinte e três dias do mês de junho do ano de dois mil e dez, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quarenta e seis minutos, foi realizada a chamada, respondida pelos vereadores Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, André Carús, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juliana Brizola, Luiz Braz, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Paulo Marques, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Elias Vidal, Fernanda Melchionna, João Bosco Vaz, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nilo Santos e Sofia Cavedon. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Carlos Todeschini, Paulinho Rubem Berta, Luiz Braz, André Carús, Sofia Cavedon, esta pela oposição, João Antonio Dib, Fernanda Melchionna e Nilo Santos. A seguir, constatada a existência de quórum deliberativo, foi aprovado Requerimento de autoria do vereador João Antonio Dib, solicitando o adiamento, por duas Sessões, da discussão do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 002/10 (Processo nº 0657/10). Também, foi apregoado o Memorando nº 033/10, de autoria do vereador Maurício Dziedricki, deferido pelo senhor Presidente, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo no dia de hoje, no VI Fórum Estadual da Cidadania dos Povos Indígenas, às nove horas, no Parque de Exposições Assis Brasil, no Município de Esteio – RS. Às quinze horas e trinta e três minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos para a realização de reunião conjunta de Comissões Permanentes, sendo retomados às quinze horas e cinquenta minutos, constatada a existência de quórum. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 052 e 081/10; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 085/10. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o vereador Waldir Canal. Às dezesseis horas e sete minutos, nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Nelcir Tessaro e Mauro Pinheiro e secretariados pelo vereador Bernardino Vendruscolo. Do que eu, Bernardino Vendruscolo, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo senhor Presidente.

 

 

 


O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Havendo quórum, damos por aberta a 009ª Sessão Extraordinária.

O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Boa-tarde, Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhores e senhoras que nos acompanham aqui nesta Sessão. Nós participamos de uma luta, junto com a comunidade do morro Santa Teresa, junto com o Semapi, junto com várias entidades de defesa do meio ambiente, pela preservação do Morro Santa Teresa. Esta Câmara, por unanimidade, enviou uma Moção à Governadora, à Assembleia Legislativa, para que não fosse votada a matéria que autorizaria a venda ou a permuta do Morro Santa Teresa para uma troca com o chamado Projeto de Reestruturação da FASE. Foi muita luta, mas uma luta muito importante em defesa do patrimônio, em defesa do meio ambiente e em defesa da permanência daquele conjunto de moradores que inclusive lá residem há mais de 60 anos - algumas famílias, pelo menos. Lá está a Vila Ecológica, a Vila União, a Vila Gaúcha, a Vila Prisma, com todas as suas particularidades, mas Vilas que já receberam aporte importante de infraestrutura por parte de órgãos do Poder Público como a CEEE, o DMAE e outros órgãos que instalaram serviços e deram conforto para algumas famílias.

A partir da Moção que fizemos... Ver. André, quero lembrar que o seu papel foi muito importante como Secretário-Geral do PMDB, porque auxiliou no convencimento da Bancada Estadual do PMDB; tens aqui o nosso reconhecimento, o reconhecimento do Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e de Fundações Estaduais do Rio Grande do Sul - Semapi -, do Sindicato dos Engenheiros, de todas as entidades que estavam atentas para essa questão, de que o assunto precisa ser melhor discutido. Por isso, queremos saudar as Bancadas aqui presentes que corroboraram para que essa matéria não fosse votada nos moldes que estavam sendo propostos na Assembleia. Assim, nós poderemos discutir de maneira mais adequada, mais profunda, em especial com aqueles que terão a missão de governar por mais quatro anos este Estado. Pode ser até a atual Governadora - que é candidata -, assim como podem ser outros candidatos, pode ser o candidato do meu Partido; qualquer um poderá governar o Estado. O fato é que a maneira como a matéria foi encaminhada não era a adequada. Portanto, como se trata de um valoroso patrimônio público, é fundamental que se tenha espaço para a necessária e profunda discussão sobre um tema que diz respeito, sim, à permanência de um número extraordinário: são trinta ou quarenta mil famílias envolvidas, é uma área ambiental riquíssima, da mais alta nobreza, da mais alta beleza da cidade de Porto Alegre. É uma área de interesse ambiental e paisagístico sem comparações.

Por isso que nós queremos aqui saudar a Assembleia Legislativa, que soube dar o tempo necessário para que isso viesse acontecer.

Nós aqui também temos que louvar a atitude da Governadora, que está enviando um Requerimento à Assembleia na tarde de hoje, para a retirada do Projeto nos moldes propostos, o que não significa que não deva ser discutida a questão da FASE. Tem que ser discutido, sim, o modelo; tem que ser discutido o conjunto das estratégias, das ações e das políticas envolvendo a atenção e a recuperação da juventude. Agora, o importante deste registro é que a Cidade de Porto Alegre teve um ganho extraordinário com a não votação, com o tempo que se dá para que a discussão se dê no aprofundamento e no nível de debate necessário, pois trata-se de uma área de 72 hectares, da área mais nobre do patrimônio público de nossa Cidade que é de todos. Obrigado, um cumprimento especial à Câmara, que votou a Moção, e às Bancadas... (Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público que nos assiste, venho hoje a esta tribuna muito orgulhoso, muito feliz, reconhecer o trabalho de muitas pessoas que lutaram por muitos anos para trazer equipamentos necessários para uma melhor qualidade de vida da população da região do Rubem Berta.

Na segunda-feira, aquela região da Cidade ficou muito feliz e muito orgulhosa, quando recebeu o lançamento, o início das obras de um ginásio poliesportivo que está dentro do Programa de Prevenção à Violência no nosso Estado. Foi iniciada a obra de novecentos e cinquenta metros, um ginásio com quatro salas poliesportivas, uma quadra polivalente e também um palco. Ao lado, será construída também mais uma UBS no conjunto residencial Rubem Berta.

A comunidade do Rubem Berta vem, desde 1998, buscando mais saúde, principalmente no Orçamento Participativo, onde estão gravadas essas demandas que não se realizavam. Apelamos à Governadora do Estado, e ela, sensivelmente, acolheu as nossas demandas e simplesmente disponibilizou os recursos necessários que vão ser mais de um milhão de reais para o conjunto residencial Rubem Berta.

Ver. Todeschini, quero parabenizá-lo por suas palavras aqui, mas quero dizer o seguinte: o Rubem Berta nunca recebeu um investimento do porte do que recebeu na segunda-feira, agora. Naquela área, que o senhor conhece muito bem, na Rua Fernando Camarano, já está hoje lá o maquinário perfurando o solo, começando a subir as paredes do primeiro ginásio público daquela área, que vai contribuir, e muito, para a região. Então, eu tenho que reconhecer isso, agradecer, e dizer a todas aquelas pessoas, àquelas lideranças da região do Eixo Baltazar, que por muitos anos, durante várias noites trabalharam no Orçamento Participativo para que isso viesse acontecer, fazendo parceria, buscando recurso, ajudando: parabéns a vocês, parabéns às lideranças comunitárias, parabéns à região, parabéns ao Colégio Júlio Brunelli, aos seus professores! Parabéns à Unidade de Saúde, que sempre trabalhou junto para que isso acontecesse.

Aquela nossa região tem trazido muitas alegrias a Porto Alegre. De lá saíram muitos talentos, como o Christian [ex-jogador do Internacional], e vários outros; e lá está sendo construído esse ginásio.

Aqui vai o meu reconhecimento e o meu agradecimento a todos os técnicos da Secretaria da Saúde Municipal e também ao Secretário que lá está, pois este foi um trabalho iniciado com o ex-Secretário Eliseu Santos - nosso querido amigo Eliseu Santos -, que hoje não se mais encontra entre nós, que iniciou um processo e resgatou o programa do PSF. E hoje, para a nossa felicidade, um bairro como o Rubem Berta, com mais de quarenta mil habitantes, que não tinha sequer uma equipe do PSF, agora passa a ter. Isso se concretizou graças a uma Emenda do Senador Sérgio Zambiasi, no valor de 500 mil reais, mais a contrapartida do Município. Hoje, estivemos com o Secretário Elói Guimarães, e ficou combinado que a assinatura da cedência da área ocorrerá na sexta-feira - uma área de mil e poucos metros quadrados, para a construção de outra Unidade de Saúde, outra UBS, na Rua Domênico Feoli, ao lado do Núcleo 22.

O bairro Rubem Berta, hoje, tem a perspectiva de que terá melhorado totalmente a saúde naquela região. Uma comunidade do tamanho e com o número de habitantes como essa, que não tinha nem sequer uma equipe de PSF, vai passar a contar muito em breve com mais de seis equipes de PSFs.

Eu quero aqui reconhecer o esforço da Secretaria da Saúde do Município, reconhecer o esforço do nosso Secretário Elói Guimarães, a sua acolhida, pela sua firmeza, pelo desdobramento e pela atitude que toma, não deixando processo nenhum engavetado. Parabéns, Secretário!

Quero aqui, também, agradecer a todos os técnicos da Secretaria e a todas as lideranças que trabalharam para isso. Parabéns! Mas quem está de parabéns mesmo é a comunidade por receber esse investimento que vai ultrapassar quase dois milhões de reais, somente para aquela região. Muito obrigado a todos, e o bairro Rubem Berta está feliz.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores; nós, aqui na Câmara Municipal, assinamos, sim, uma Moção para que a Assembleia Legislativa pudesse discutir um pouco mais a questão da venda daqueles terrenos da FASE. Agora, por favor, Ver. Todeschini, V. Exª não pode dizer que a Governadora Yeda estava vendendo o Morro Santa Teresa! Falta muito para que isso realmente aconteça! Eu acho que V. Exª está equivocado ou mal informado, porque a Governadora Yeda Crusius não está vendendo o Morro Santa Teresa. Eu acho que nós temos obrigação, Ver. Dib, de agirmos com correção nesta tribuna e tentarmos informar à nossa população da maneira mais correta possível, para que as pessoas possam ter o espírito de juízo crítico que deve nortear a vida de cada uma das pessoas. O que o Ver. Todeschini quis...(Falha no equipamento de som da tribuna.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O som da tribuna em que o Ver. Luiz Braz discursa está muito baixo. Eu garanto o tempo a V. Exª, Ver. Luiz Braz. Por gentileza, eu solicito que o Setor de Sonorização repare o microfone em que o Ver. Luiz Braz está discursando. (Pausa.)

 

(É providenciado o conserto do microfone da tribuna.)

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, com certeza, a notícia correta, para que as pessoas possam ter consciência do que está acontecendo realmente no projeto da FASE, é que a Governadora, para resolver o problema sério da FASE, que não foi enfrentado por nenhum Governo anteriormente... As crianças, os jovens estão praticamente se perdendo lá na FASE, e ninguém quis enfrentar o problema. Quando a Governadora resolveu enfrentar o problema relacionado à FASE, ela precisava de recursos, e, para ter esses recursos, foi vender os terrenos ali da frente. Ora, meu Deus do céu, a oposição, que nada tinha feito até então - e a oposição que tinha governado o Estado, mas não tinha feito absolutamente nada -, saltou em defesa das pessoas que moram nessas áreas, como se o Projeto fosse desalojar e não realojar aquelas pessoas que lá estão. É claro que a Governadora, para realizar o Projeto da FASE, tem que vender aquelas áreas ali. Então, o que esta Casa assinou, o que esta Casa enviou para a Assembleia Legislativa, foi apenas uma Moção, que foi encaminhada, inclusive inicialmente pela Verª Sofia Cavedon, para que a Assembleia tivesse um pouco mais de tempo para poder analisar o problema.

Esta Casa não se manifestou contrariamente ao Projeto que está tramitando lá na Assembleia Legislativa, o qual, se for votado e chegar realmente até o seu final, vai resolver um problema que se arrasta há muito tempo, que precisa ser resolvido, que os outros não conseguiram resolver, e que, graças a Deus, a Governadora Yeda Crusius está tendo a coragem de fazer. Com toda a certeza, a Câmara Municipal de Porto Alegre não está contrária à solução dada para aquele problema pela Governadora; muito pelo contrário: a Câmara Municipal está favorável à solução que foi dada.

Então, como a Verª Sofia, que é uma das líderes da oposição aqui nesta Casa, disse que ainda faltava tempo para fazer uma discussão mais perfeita a respeito do assunto, nós resolvemos dar este tempo aqui, Ver. João Dib, assinando esta Moção de apoio - não de Repúdio.

Então, ficou mal para o Ver. Todeschini vir aqui e achincalhar a Governadora, mais uma vez, como se ela tivesse feito mal para a sociedade; ela fez um bem para a sociedade. O que ela está fazendo é tentar corrigir um defeito que é realmente uma chaga para todos nós. Infelizmente, é alguma coisa que tem de ser corrigida, e, tenho certeza, a Governadora do Estado, Yeda Crusius, irá fazê-lo. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. André Carús está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ANDRÉ CARÚS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; o tema que me traz a esta tribuna, hoje, é o resultado positivo do que encaminhamos ontem à Direção da EPTC. Fomos recebidos pelo Secretário Municipal de Mobilidade Urbana e Diretor-Presidente daquela Empresa, Sr. Romano Botin, e lá apresentamos os dois Projetos que recentemente protocolamos nesta Casa, que dizem respeito à minimização dos efeitos negativos provocados pelos congestionamentos nos horários de pico na Capital.

Temos a certeza de que, por parte da EPTC - até porque já existem estudos e iniciativas desenvolvidas pela área técnica do órgão -, muito em breve a população de Porto Alegre estará sendo beneficiada diretamente pela adoção e implementação dessas medidas, não só nas vias arteriais, que estamos elencando nas nossas proposições, como também no Centro Histórico, uma área crítica que é afetada, e muito, por esses problemas, não só em horário de pico, mas em todo o decorrer do horário comercial.

Eu também queria fazer aqui um registro importante, até porque amanhã, nos altos do Mercado Público, estaremos debatendo o assunto, Ver. Mauro Zacher, Ver. Todeschini, e efetivando o protocolo do Projeto que institui o Programa do Primeiro Emprego Municipal. É uma demanda antiga de diversos segmentos, de entidades ligadas à juventude da nossa Cidade, e falta uma política pública que seja regulamentada por lei municipal, que incentive e garanta o acesso ao mercado de trabalho aos inúmeros jovens que estão marginalizados nessa condição.

Nós sabemos da alta competitividade imposta pelo mercado atual, o que, muitas vezes, acontece pela ausência de qualificação, e, em muitas situações, pela ausência da comprovação de experiência profissional em carteira. E o conteúdo principal da proposta que institui o Programa Primeiro Emprego Municipal é conceder o benefício fiscal àquelas empresas que aderirem ao Programa, para que tenham, então, a oportunidade de recolher, nessas condições, a alíquota mínima do ISSQN, imposto recolhido pelo Município, que hoje é de 2%. Nós temos absoluta certeza de que deste Projeto muitos debates serão gerados aqui nesta Casa e por entidades e atores sociais envolvidos sensíveis a este tema, pois é uma matéria que nós julgamos da mais absoluta relevância.

Como já mencionei aqui, na Sessão plenária de segunda-feira, há a necessidade de aprofundarmos o debate para transformarmos o CETE - Centro Estadual de Treinamento Esportivo, no Bairro Menino Deus, em um ambiente que possa valorizar e potencializar o talento de muitos jovens carentes na área do esporte, tenho a certeza de que com a proposta de instituição do Programa de Primeiro Emprego Municipal estaremos dando um passo decisivo na discussão, e, num futuro não muito distante, na aprovação de uma lei que irá interferir direta e positivamente na vida real de muitas famílias que hoje estão enfrentando dificuldades na Cidade. Porque no ócio, na ausência de oportunidades, muitos jovens de comunidades mais necessitadas, de bairros onde a infraestrutura é bastante precária, as famílias estão ali disputando dia a dia essa juventude com a criminalidade, com o consumo do crack e outras tantas mazelas que se impõem na sociedade.

Amanhã estaremos reunidos - além de tantas lideranças da juventude do PMDB, convidamos também as outras juventudes partidárias e Vereadores de outras Bancadas que tenham interesse -, às 12h, na Taberna 21, nos altos do Mercado Público, para debater o assunto. Na próxima terça-feira, reuniremos a Frente de Jovens Lideranças, aqui na Câmara, para também aprofundarmos e buscarmos mais adesões à iniciativa de instituir um Programa de Primeiro Emprego Municipal, aqui na nossa Capital. Este é um tema urgente e necessário para que a nossa juventude entre definitivamente nesse ritmo de conquistas. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, para mim, hoje, é um dia muito emocionante. Ver. Dib, emocionante de verdade. Acho que esta Casa ajudou definitivamente na vitória que as comunidades obtiveram com o recuo do Governo Estadual em relação à área da FASE; uma grande área, com setenta e três hectares, localizada no Morro Santa Teresa. Quero confraternizar aqui com a nossa Casa, porque a nossa Casa foi corajosa mesmo, Ver. Braz! Vários Vereadores da base do Governo, mesmo quando dissemos, todos, unanimemente, que precisávamos de mais tempo, que em Regime de Urgência não dava para fazer aquela votação, nós sinalizamos de uma forma muito significativa, não que isso tenha sido determinante, mas tenho certeza de que vários Vereadores conversaram com os seus Deputados sobre a preocupação e a manifestação das famílias aqui na Câmara de Vereadores, sobre a angústia dessas famílias, sobre o impacto que a Cidade gostaria de avaliar antes de a Assembleia Legislativa fazer essa autorização. E, de fato, hoje temos um recuo.

Quero lembrar que a própria Defensoria Pública, Ver. Toni, manifestou-se, falando do núcleo de regularização fundiária - a Verª Fernanda esteve junto com as comunidades -, dizendo que era precipitado e que precisava primeiro ser realizada a regularização fundiária para aquelas famílias. Temos de reconhecer a coragem do Dr. Luciano Brasil, do Ministério Público, que, quando a própria direção do Ministério Público apoiava o movimento, ele manifestou-se, dizendo que uma regularização fundiária iria precisar de mais área para garantir praça, para garantir ruas, e que essa relação não poderia ser jogada na relação das comunidades com o ente que tinha comprado, e que dois direitos seriam conflitantes em cima daquela área.

Mais: quero reconhecer, principalmente, a incansável luta dos moradores e do Semapi, que permaneceram na Assembleia Legislativa, muito diferente do que o Dr. Daltoé disse na rádio esses dias, dizendo ser meia dúzia de bagunceiros que estavam impedindo uma política. Tanto não está sendo impedida uma política, que quero ler o que está escrito na coluna da jornalista Taline Oppitz, do jornal Correio do Povo (Lê.): “A retirada do projeto de reestruturação da FASE da pauta da Assembleia representa apenas um recuo estratégico do Executivo. A Governadora Yeda Crusius não desistiu do plano, tomará para si a responsabilidade e, nos próximos dias, deve anunciar que a reestruturação será viabilizada com recursos exclusivos do Tesouro do Estado”. O que nós dizíamos aqui na tribuna, o que disseram os Deputados e os trabalhadores da FASE? Que não precisam vender os setenta e três hectares para reestruturar a FASE. Está aqui: a Governadora está dizendo que o fará com o dinheiro do Tesouro do Estado. Nós dizíamos que é uma opção de Estado; se a Governadora colocou quase um bilhão de reais em estradas, e está fazendo, por que não opta por uma parte desse recurso e começa a descentralizar a FASE? Por que vender uma área tão grande, causar tanto transtorno e insegurança às famílias, e impactar tanto a cidade de Porto Alegre, sem fazer Estudo de Impacto, de Trânsito, de Vizinhança, etc.?

Então, a vitória do bom senso, a vitória da luta da comunidade tem de ser comemorada hoje. Os servidores da FASE querem, sim, descentralizar, não são contra o Projeto; eles continuarão lutando para ter casas menores e condições adequadas para os adolescentes, mas não a preço de abrirmos mão de área pública, de qualidade de vida, de harmonia nesta Cidade e do direito à moradia.

Então, eu quero aqui agradecer o conjunto das Bancadas e comemorar junto com a nossa Câmara. A nossa Câmara se fez ouvir também, dizendo: olha, a Assembleia não pode simplesmente decidir, e desconhecer que tem um órgão representativo da Cidade, e que nós não servimos só para resolver os problemas depois, quando está resolvido o que os Deputados entenderam votar. Então, parabéns a todos nós e à comunidade; ganhou a cidade de Porto Alegre, não tenho dúvida! Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, o credo dos engenheiros inicia assim: “Sou engenheiro e me orgulho de o ser”. Eu, realmente, me orgulho de ser engenheiro, ainda mais quando eu leio a nota do Sindicato dos Engenheiros, tratando do problema do terreno da FASE, dizendo que a Cidade merece destinação adequada.

Desde o início eu entendia, e agora se confirma pelo Sindicato dos Engenheiros, que deveria haver um estudo urbanístico daquela área, dizendo o que pode ser construído, o que tem de ser preservado, que densidade pode haver nas construções, quais as alturas, que tipo de construção, quais as finalidades da área, tudo isso deveria ser estudado. Eu, então, fico muito feliz que agora a Governadora tirou a urgência do Projeto e vai ser examinado com mais tranquilidade, mas há uma necessidade urgente e premente de que seja analisada urbanisticamente a área, e eu entendo que ela deve, sim, ser vendida. É a única maneira de não ser invadida, como foi até agora; senão, vai sendo invadida aos poucos, depois os coitadinhos vêm aqui, e a Câmara Municipal diz que nós temos que preservar o direito de todos que tomaram as terras do Estado. Isso é um equívoco! É um equívoco!

É claro que tem que ser feita, seja qual for a transação, não há nem a necessidade da nota que os engenheiros, meus colegas, aqui colocam, dizendo que tem que ser através de licitação. No Poder Público não se pode vender uma área, não se pode permutar uma área sem que haja avaliações, sem que haja a definição dessa permuta, e sem que haja uma aprovação do Legislativo. Então, não há necessidade de preocupação.

Agora, eu acho que, desde o início, quando foi mandado o Projeto para a Assembleia Legislativa, já tinha que ter um Estudo de Viabilidade Urbana, e aí, então, nós saberíamos o real valor daquela área, porque hoje nós sabemos que há mata que tem que se preservada, nós sabemos que precisa urbanizar a área, que vias acontecerão. O que vai acontecer naquela área? Nós precisamos estudar tudo isso, e tudo isso é custo.

Mas o importante é que essa área precisa ser equacionada e resolvida, e eu acho que tem que ser vendida, sim, que se dê índices consentâneos com a realidade que resolvam o problema. Nós temos um Plano Diretor, nós temos condições de fazer um estudo muito bom, e aí o Estado ganha, o Município ganha, e a população fica tranquila que não haverá mais invasões, invasões ilegais, porque, depois, cada um se acha com o direito de ter a propriedade da área que invadiu.

Por isso, quero cumprimentar o Sindicato dos Engenheiros pela nota muito sensata aqui colocada, que tem o título: “Terreno da FASE, a Cidade merece destinação adequada”. Isso vai acontecer, podem ter certeza, porque a Prefeitura tem condições de estabelecer os índices, e o Estado poderá fazer a transação com toda a tranquilidade, tanto tranquilidade para o Governo quanto para o Legislativo. Portanto, saudação, mais uma vez, ao Sindicato dos Engenheiros. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, são três os assuntos que nos trazem a esta tribuna. O primeiro é a grande vitória que houve da mobilização dos moradores do Morro Santa Teresa, dos trabalhadores da FASE, que sonham com a reestruturação digna, justa e humana para esses adolescentes que vivem naquela situação lamentável imposta pelo Poder Público, mas que não aceitam como bode expiatório a condição desumana dos adolescentes, para um projeto que não dizia nada da reestruturação da FASE, e, que, na verdade, era uma forma de beneficiar, Ver. Pedro Ruas, a especulação imobiliária que está de olho num terreno de setenta e três hectares em área nobre perto da Av. Padre Cacique, às vésperas, ou próximo da Copa do Mundo de 2014, o que tem sido o argumento primeiro dos governos de dar isenções milionárias para grandes empresas. E, lamentavelmente, este não tem sido o mesmo discurso para ceder isenções para os trabalhadores camelôs, que foram forçados a ir naquele lugar lá e seguem pagando abusivos aluguéis sem condições de trabalhar.

Então, eu queria parabenizar pela vitória da mobilização popular, a vitória daqueles que acreditam nos sonhos e na luta - da qual eu e V. Exª somos parte, estivemos presentes nas mobilizações, assim como o Ver. Todeschini e a Verª Sofia - daqueles que achavam essa luta muito importante, Ver. André Carús.

Então, este é o tema número um, e já gostaria de dar dois depoimentos que são fundamentais. O primeiro é a nossa Audiência Pública que acontecerá na Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude, no dia 1º de julho deste ano, quinta-feira que vem, que será um esforço para que a Prefeitura, para que Porto Alegre, na verdade, avance na construção do Plano Municipal do Livro e da Leitura. Um plano municipal tem como diretriz principal um diagnóstico das iniciativas de leitura existentes na cidade de Porto Alegre, que haja uma prospecção para as políticas de leitura no sentido de que isso vire política de Estado e não de governos, pois os governos vêm e vão, e as políticas de leitura muitas vezes são desmontadas, porque eram do governo “x”, porque eram do Governo “y”. Nós queremos uma política séria de leitura no Município de Porto Alegre, que seja planejada, prospectada, construída com os atores sociais, que são parte das políticas públicas de leitura - os escritores, professores, bibliotecários, Câmara Rio-Grandense do Livro, Conselho Regional de Biblioteconomia -, para que haja essa democracia e para que, sobretudo, Ver. João Antonio Dib, se avance nas políticas de leitura no Município de Porto Alegre. Nós sabemos que a leitura pode e deve cumprir um papel fundamental de transformação social, de empoderamento popular, de dar condições de discernir ou de aprender os direitos do povo, que, muitas vezes, não conhece os seus direitos, porque os governantes fazem questão de não ampliar as políticas públicas de leitura e de informação para que eles não se organizem, não lutem, não reivindiquem e não botem para fora toda a indignação que, muitas vezes, fica no âmbito individual. E, lamentavelmente, a indignação no âmbito individual não muda o mundo. O que muda o mundo é a indignação coletiva, é a capacidade de organização coletiva. Nós entendemos, Ver. Dib, que a leitura é o primeiro passo de um projeto de transformação social. Por isso, estamos chamando, no dia 1º de julho, uma Audiência Pública sobre o Plano Municipal do Livro e da Leitura, em Porto Alegre. Até Passo Fundo, que é uma cidade maravilhosa, mas muito menor do que Porto Alegre, já tem seu Plano de Leitura; como pode a Prefeitura Fogaça/Fortunati não ter avançado ainda em um Plano Municipal do Livro e da Leitura em Porto Alegre? Uma cidade muito maior, com uma quantidade de Secretarias muito maior, inclusive o Secretário Municipal, o Sergius, é um homem que veio dessa área da literatura, é professor da Faculdade de Letras da Universidade... Nós certamente estamos contando com a vontade política do Secretário e de outros Secretários para avançarmos nesse sentido.

E a terceira questão que eu queria colocar é que no dia 16 de junho foi o aniversário de nascimento de Artigas, que todos conhecemos como um personagem da história da independência uruguaia, um lutador que, como tantos outros, garantiu a independência do Uruguai. Ele tinha um busto em Porto Alegre, ali na Praça Argentina, Ver. Dib, que caiu, e até hoje não foi reconstituído, reconstruído - o busto de Artigas. Eu gostaria de saber, do Executivo Municipal, onde está o busto e quais serão as providências... (Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Nilo Santos está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. NILO SANTOS: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos acompanham nesta tarde, nesta linda tarde, diga-se de passagem, de quarta-feira, Ver. Mauro Zacher, Verª Sofia Cavedon; uma linda tarde, não é? Boa para comer bergamota no sol. Eu venho à tribuna, neste Tempo de Liderança do meu Partido, para fazer uma homenagem e também um agradecimento ao Ver. Idenir Cecchim. O Ver. Idenir Cecchim merece que este espaço seja utilizado para fazer um agradecimento a ele, Verª Fernanda Melchionna. Muitos não lembram, até porque é muito fácil criticar; é mais fácil criticar do que executar grandes obras. Nós estamos vivendo um inverno rigoroso; o outono já foi rigoroso e o inverno não será fácil. Eu quero, em nome do meu Partido, o Partido Trabalhista Brasileiro - composto aqui pelo Ver. Nelcir Tessaro, este Vereador, o Ver. Maurício Dziedricki, o Ver. Alceu Brasinha e o Ver. DJ Cassiá -, agradecer a V. Exª, Ver. Idenir Cecchim, porque o senhor protegeu os camelôs, e hoje eles não estão enfrentando aquele frio rigoroso nas ruas, a chuva nas ruas. Muitos camelôs perdiam as suas mercadorias quando chovia demais. A chuva molhava principalmente aqueles brinquedos eletrônicos que, muitas vezes, eram perdidos. Eles estendiam as suas loninhas, aqueles plásticos para proteger a mercadoria, Ver. Idenir Cecchim, e o senhor, enquanto Secretário deste Governo, que fez esse benefício para esta Cidade, foi como se o senhor tivesse dito: “vou tirar vocês do frio, da chuva; vou preservar a saúde de vocês, vou preservar as mercadorias de vocês e vou colocá-los dentro do Centro Popular de Compras”.

Então, eu quero usar este tempo, Ver. Idenir Cecchim, para fazer este agradecimento. Porto Alegre lhe agradece, até porque as pessoas tinham dificuldade em circular por ali também em dias de chuva, porque elas terminavam não tendo espaço para correr, para escapar da chuva, também por causa das bancas!

Então, Ver. Cecchim, nós temos que lhe agradecer, e, em nome da minha Bancada, eu quero fazer esse agradecimento. É claro que, daqui a pouco, até a Verª Fernanda vai reconhecer isso, até porque todos nós gostamos muito dos camelôs. E todos os que aqui defendem os camelôs têm a obrigação de fazer, neste momento, um agradecimento a este Governo; têm a obrigação, porque, afinal de contas, as pessoas estão protegidas, estão num lugar seguro! No outro lugar em que eles estavam, eles eram roubados, pois não havia controle; enquanto eles vendiam para um, outro os roubava. No Camelódromo é diferente: eles têm um maior controle sobre essas mercadorias. Então, eu quero deixar o meu muito obrigado.

Quero dizer também que estamos muito felizes, porque a Saúde, Ver. Tarciso, grande Vereador do PDT, tem avançado em Porto Alegre. Eu quero aqui fazer um elogio ao nosso Secretário Casartelli, porque as pessoas que vêm conversar conosco estão elogiando o comportamento do Secretário Casartelli; um homem acessível, que está preocupado, sim, em sentar, conversar. Ele mantém um diálogo com as pessoas que o procuram. Então, eu quero fazer um elogio aqui ao nosso Secretário Casartelli, desejando a ele, mais uma vez, sucesso à frente dessa Secretaria. E com a ajuda desta Casa, com a ajuda das Bancadas desta Casa, nós vamos construir, sim, uma Saúde melhor para todos os nossos cidadãos, Ver. João Dib, porque a vitória, o sucesso do nosso Secretário, é o sucesso da nossa Cidade... (Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Apregoamos o Requerimento de autoria do Ver. João Antonio Dib, que solicita o adiamento da discussão do PLCL nº 002/10, por duas Sessões.

Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. João Antonio Dib, solicitando o adiamento da discussão do PLCL nº 002/10, por duas Sessões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Apregoamos o Memorando nº 033/10, de autoria do Ver. Maurício Dziedricki, que solicita representar esta Casa no dia de hoje, a partir das 9 horas, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O assunto a ser tratado é VI Fórum Estadual da Cidadania dos Povos Indígenas.

Suspendo a Sessão, neste momento, para procedermos à Reunião Conjunta das Comissões, com o fim específico de apreciar o Parecer ao PLE nº 018/10.

Assim, convido o Ver. Pedro Ruas para que assuma a presidência dos trabalhos da Reunião Conjunta.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h33min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro – às 15h50min): Estão reabertos os trabalhos.

Como não há nenhum projeto priorizado na Ordem do Dia, convido os Líderes para que se aproximem da Mesa.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Nós ainda não entramos na Ordem do Dia, não foi feita a chamada para entrarmos na Ordem do Dia.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Nós estamos em Sessão Extraordinária, Vereador. (Pausa.)

(O Ver. Nelcir Tessaro reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Damos continuidade à 009ª Sessão Extraordinária de 2010.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 1108/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 052/10, de autoria do Ver. Luciano Marcantônio, que cria o Programa de Adequação do Serviço Público de Telefonia – PASPT – e dá outras providências.

 

PROC. Nº 1746/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 081/10, de autoria do Ver. Dr. Raul, que estabelece, no Sistema Único de Saúde (SUS) do Município de Porto Alegre, o atendimento em regime de mutirão.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 1961/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 085/10, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que denomina Estação Sogipa a estação de embarque e desembarque de passageiros do transporte coletivo urbano localizada na Rua Dom Pedro II, integrante da Terceira Perimetral, entre as Ruas Barão do Cotegipe e Américo Vespúcio.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Dr. Raul está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) O Ver. André Carús está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.)

O Ver. Waldir Canal está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. WALDIR CANAL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu venho a esta tribuna neste Tempo de Liderança para registrar - o que julgo ser de grande importância - a Campanha Nacional de Conscientização sobre a Violência contra a Pessoa Idosa. Isso nós temos que saudar, porque a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, em boa hora nos traz à baila este assunto, que não é novo, mas que tem sido um problema muito sério para população idosa do Brasil: o desrespeito no transporte público, por falta de preparo, ou até mesmo, poderíamos dizer, por falta de educação daqueles maus motoristas que deixam os idosos nas paradas. Muitas vezes, param o ônibus e arrancam, derrubando os idosos no chão, causando ferimentos graves, causando problemas sérios aos idosos. Ainda há aqueles que dão sinal e o ônibus não para. Isso tem sido um problema que tem atingido muito seriamente a população idosa, sem contar aqueles que não conseguem ver garantido o direito de usar os ônibus interestaduais; que ficam ali esperando e não conseguem viajar. A fila é grande, é muita gente, e eles não conseguem viajar. Tem de se inscrever com muita antecedência, com seis meses ou até um ano antes da viagem.

Então, o PRB vem a esta tribuna saudar a iniciativa da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República; é em boa hora que vem essa conscientização. Eu gostaria apenas de lamentar que este Programa é mais direcionado para cidades com mais de quinhentos mil habitantes. Só que este problema não é só das cidades grandes, mas de todas: pequenas, médias e grandes.

Então, temos observado o desrespeito e a falta até de humanidade por parte de alguns maus motoristas. Mas quero parabenizar aqueles motoristas que têm sido sensíveis, que atendem com carinho o idoso que está na parada, muitas vezes abaixo de mau tempo, esperando o ônibus.

Então, o PRB, por meio deste Vereador, parabeniza a Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República por esta campanha contra o desrespeito aos idosos que utilizam o transporte público no Brasil. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Não havendo mais inscritos, encerramos a presente Sessão Extraordinária.

 

(Encerra-se a Sessão às 16h07min.)

 

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